Pachuca derrota o Botafogo e avança para as semifinais

Idrissi, holandês naturalizado marroquino, criou uma obra de arte aos 50 minutos para abrir o placar para os Tuzos. Com isso, tirou o Botafogo de sua "nuvem", já que o time carioca sonhava com uma final contra o Real Madrid após conquistar a Libertadores e o Campeonato Brasileiro na mesma semana.
Nelson Deossa ampliou a vantagem aos 66 minutos, e Salomón Rondón, o eterno artilheiro da seleção venezuelana, fechou o placar aos 80, enquanto o Fogão tentava desesperadamente diminuir a diferença.
No chamado Clássico das Américas, que colocou frente a frente os campeões da Libertadores e da Liga dos Campeões da Concacaf, o time comandado pelo uruguaio Guillermo Almada, mais descansado, dominou o Botafogo do início ao fim, especialmente na segunda etapa.
Tentando renovar o elenco titular, o técnico do Botafogo, o português Artur Jorge, surpreendeu ao fazer várias alterações na equipe.
Jogadores indiscutíveis como Alex Telles, Marlon, o venezuelano Jefferson Savarino e o argentino Thiago Almada começaram no banco. Foi a vez da "unidade B", com Luiz Henrique, estrela do projeto galáctico botafoguense, como principal referência da equipe.
O Botafogo teve dificuldades para se encontrar no estádio 974, em Doha. O Pachuca começou e terminou o jogo de maneira superior.
Montiel e Bautista comandaram o jogo com maestria; Idrissi foi brilhante nas pontas, e Rondón lutou por todas as bolas dentro da área. O atacante venezuelano travou duelos intensos com Alexander Barboza e sofreu várias faltas de Adryelson, que não conseguiu pará-lo.
Nos primeiros dez minutos, os mexicanos assustaram com um chute perigoso de Montiel e outro de Rondón, que foi direto para as mãos de John.
O time de Artur Jorge não conseguia superar a linha de pressão do campeão da América do Norte, que jogava de forma compacta e com sua defesa posicionada quase no meio de campo.
O esquema de Almada também manteve Luiz Henrique longe da área. Apesar disso, o jogador foi o melhor do Botafogo, criando o pouco perigo que a equipe gerou no primeiro tempo. Mesmo sem chegar muito na área, ele aproveitou sua velocidade quando teve espaço.
A única forma de detê-lo foi com faltas. Bryan González se desgastou marcando o camisa 7.
Depois dos primeiros 30 minutos, o Pachuca diminuiu o ritmo no ataque, mas o Botafogo parecia sem energia. O primeiro tempo terminou com o placar inalterado: 0 a 0.
No início da segunda etapa, o jogo manteve o ritmo da primeira, mas Idrissi fez a diferença. O ex-jogador do Sevilla tabelou com Bryan González, invadiu a área, deixou Adryelson e Barboza no chão e finalizou com firmeza para marcar o primeiro gol. Uma verdadeira obra-prima.
O Botafogo tentou reagir com uma série de substituições. Entraram estrelas como Thiago Almada e Savarino, mas um erro do meia argentino acabou originando o segundo gol do Pachuca.
Deossa, que havia acabado de entrar, aproveitou a falha e finalizou contra o movimento de John Victor, que poderia ter feito mais para evitar o gol.
Desesperado, o Botafogo foi para o ataque em busca de um gol que o colocasse de volta na partida, mas acabou sofrendo o terceiro em um contra-ataque. Rondón, após passe de Deossa, selou a vitória.
Foi o golpe final para um Botafogo que claramente sentiu o desgaste físico e emocional, após a melhor temporada de sua história.
O Pachuca avançou com autoridade e classe, já de olho no confronto contra o Al-Ahly.
December 11, 2024